Arbitragem, estaduais, gramados… as ideias de Samir Xaud para comandar a CBF
Futuro comandante é candidato único da eleição

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Em entrevista ao Charla Podcast, Samir Xaud confirmou que protocolou sua candidatura à presidência da CBF. Com o apoio de 25 federações estaduais e 10 clubes, ele será candidato único no pleito. Ainda durante a participação, respondeu a perguntas sobre temas em alta no futebol brasileiro, como a criação da liga, arbitragem, fair play financeiro e o futuro dos campeonatos estaduais.
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Cabe ressaltar que a gestão de Samir contará com oito vice-presidentes, que integrarão a chapa e ocuparão cargos estratégicos na nova composição da CBF. Todos os nomes estiveram presentes no lançamento oficial da candidatura neste domingo (18).
Veja abaixo os principais temas abordados pelo futuro presidente da CBF:
Nova Liga
— Sou a favor da liga. O futebol brasileiro é um produto muito importante que não está sendo bem trabalhado. Minha ideia é tirar esse projeto do papel, dar essa autonomia aos clubes. A CBF tem que cuidar de outra parte: do futebol de base, do futebol feminino, e do futebol brasileiro como um todo — dos pequenos lugares até os grandes centros. Quando a gente fizer isso, melhora o calendário e todo o conjunto do futebol brasileiro. Quero sair do meu mandato com a liga pronta e sob comando dos clubes.
Arbitragem
— Em Roraima, estou fazendo um trabalho muito importante com a arbitragem. A educação continuada é o que eu prezo em todos os setores. Capacitação, estudos... É fundamental para o crescimento. Lá, fazemos um trabalho acompanhado. É uma outra visão. Já tivemos resultados positivos, o que se vê dentro de campo. Anos atrás, havia muita briga, muita polêmica. Hoje, está muito mais estabilizado. Vamos garantir lisura nos campeonatos. Sou favorável à profissionalização da arbitragem. Eles são profissionais. Vamos estudar para colocar isso em prática.
Gramados
— Os gramados precisam ser cuidados para termos jogos de qualidade. Também fizemos isso em Roraima. Lá, os estádios são públicos. Não havia gestão: apenas se usava o espaço. A administração era do governo, e o cuidado era ruim, com drenagem precária. De dois anos para cá, passamos a cuidar diretamente do gramado. Houve um custo, mas demos outra qualidade. Queremos fazer isso com os gramados do Brasil. Temos que realizar um estudo de custo para saber como deixar todos os campos do futebol brasileiro em condições ideais.
Divisões inferiores
— A Série B precisa de um investimento maior, de um aporte mais robusto. A Série C e a Série D também. Venho da Série D, que é uma realidade muito dura, apesar da ajuda do presidente Ednaldo. Ainda faltam recursos. Precisamos de apoio. Nada melhor do que alguém que vem de uma série menor, que conhece essa realidade, para estar à frente da instituição. Vamos investir mais para fomentar o futebol brasileiro.
— O ex-presidente trabalhou muito bem nas Séries D e C. Voltou sua atenção às federações e clubes menores, e isso é inegável. Foram avanços importantes. O que eu mudaria, hoje, é a centralização de poder. Pretendo promover essa descentralização, colocar as pessoas corretas e capacitadas nos lugares certos, e dar autonomia para que possam trabalhar. Esse é o primeiro passo para dar estabilidade institucional à CBF, algo que estamos precisando neste momento.
Fair Play Financeiro
— Tem que haver fair play financeiro. Não é justo um time com R$ 20 milhões disputar com outro que tem R$ 1 milhão. Para fazer futebol, é preciso ter dinheiro — mas também equilíbrio. Vamos conversar com os clubes para buscar um denominador comum em relação ao fair play.
Estaduais
— Acabar com os estaduais, nunca. Seria um crime. Em Roraima, ajustamos o calendário, reduzindo o número de datas. Encurtamos o campeonato de três meses para dois, diminuímos custos... Isso precisa ser feito em conjunto. A Liga será essencial para isso, para melhorar o calendário. Temos uma hierarquia de datas: Fifa, Conmebol e CBF. Ficamos amarrados nisso e precisamos negociar. Vamos tentar desafogar esse calendário apertado.

Escândalos na CBF e Ednaldo Rodrigues
— A CBF vem atravessando uma sequência de escândalos, brigas judiciais, denúncias de assédio sexual... Isso reflete os princípios de quem está à frente da instituição. Vamos combater esse cenário com gestão transparente. É triste falar sobre isso, mas vamos insistir no ponto da transparência.
— O presidente Ednaldo é uma pessoa como qualquer outra. Está passando por um momento de tensão, de ataques. Vai querer descansar, e temos que respeitar isso. Acredito que ele não tentará voltar. Deve pensar na família, na própria história... Não vai querer essa briga. Votei nele e o defendo por tudo o que fez pelo futebol do Norte. Ele deve se pronunciar em breve.
Futebol Feminino
— Vamos continuar com o projeto iniciado pelo presidente Ednaldo. O futebol feminino precisa ser trabalhado em todos os cantos, não apenas no Centro-Sul. A CBF vai investir no futebol feminino. Queremos sediar a melhor Copa do Mundo de todos os tempos.
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