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VNL: virou basquete? Técnico analisa ‘enterradas’ polêmicas no vôlei

Jogadas causaram controvérsias na primeira semana de Liga das Nações

Honorato em jogo da Seleção no Maracanãzinho (Foto: Mauricio Val/FV Imagem/CBV)
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Rio de Janeiro (RJ)
Supervisionado porCláudio Rabha,
Dia 17/06/2025
15:41
Atualizado há 4 horas

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A primeira semana de competição da Liga das Nações de Vôlei (VNL) foi marcada pelas chamadas "enterradas" ou ataque de toque. Na jogada, o atleta pontua fazendo um arremesso na bola, sem um toque rápido. A jogada chamou atenção das redes sociais e de especialistas do vôlei. Em entrevista ao Lance!, o técnico Cacá Bizzocchi analisou o uso do movimento cada vez mais comum no vôlei. Veja um exemplo do ataque de toque no vídeo abaixo:

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O principal debate levantado é que as jogadas poderiam ser uma condução, prática considerada falta no vôlei. Segundo o regulamento da FIVB (Federação Internacional do Voleibol), a condução acontece quando a bola é retida ou lançada, sem ser rebatida com o toque rápido do jogador.

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O técnico explica que, para os árbitros, o critério de condução envolve outros fatores.

— A Federação estabeleceu que a bola trazida de trás da cabeça, será considerada condução. Se alguém puxar essa bola para cima da cabeça ou para a frente, será marcada a condução — explica Cacá.

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Segundo o técnico, as 'enterradas' não entram nesse quesito atualmente, já que a bola está à frente do atacante:

— Se está à frente da cabeça e o atleta não reteve essa bola de forma muito escandalosa, a arbitragem não irá marcar a falta. Agora, se a trajetória da bola for alterada, o árbitro irá marcar a condução. Os jogadores sabem disso, por isso, usam e abusam desse artifício.

Brasil enfrentou a Ucrânia, neste sábado (14), pela VNL (Foto: Divulgação/CBV)
Brasil enfrentou a Ucrânia, neste sábado (14), pela VNL (Foto: Divulgação/CBV)

Ex-atletas e técnicos reclamam de 'enterradas' no vôlei

O ataque de toque foi muito criticado durante a primeira semana da VNL. Jogadores das disputas masculina e feminina, de diversas seleções, usaram o artifício em jogadas de ataque. Em poucos casos foram marcadas as conduções. Ao Lance!, Cacá Bizzocchi opinou a jogada.

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— É um gesto feio. A gente já evoluiu desse tipo de jogada para jogadas mais bonitas. Não precisaria disso. Eles abusam. Na prática, é muito melhor você atacar do que fazer a passagem em toque. Algumas vezes, esse artifício é utilizado sem necessidade. Os atletas estão se lixando se é bonito ou feio, eles acham que tem que usar. Particularmente, eu não gosto.

Paula Pequeno, bicampeã olímpica de vôlei e eleita MVP (melhor jogadora) em Pequim 2008, também é crítica severa aos ataques de toque. Em transmissão da partida entre Eslovênia e Estados Unidos, no Maracanãzinho, a comentarista chamou a jogada de "coisa horrorosa".

— Só pela misericórdia, que coisa horrorosa. Meu deus do céu! Será que os técnicos estão treinando isso? Não é possível — criticou Paula Pequeno.

Cacá Bizzocchi explica que esse tipo de jogada não deveria ser incentivada durante os treinos. Por não ter uma regulação definida, o ataque de toque não é aceito em todas as competições da FIVB.

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— Essa jogada não deveria impactar na preparação. Se está sendo testado na VNL, os técnicos não deveriam deixar que isso se torne um elemento de treino. Se disserem que pode sacar com o pé na VNL, ninguém vai fazer isso porque na competição mais importante não vai ter. Tem que ter essa consciência do treinador — afirma.

Vídeos publicadas pela Confederação Brasileira de Vôlei mostram a jogada sendo usada durante treinos da Seleção masculina.

Treino da Seleção Brasileira masculina de vôlei (foto: Kauhan Fiaux)
Treino da Seleção Brasileira masculina de vôlei (foto: Kauhan Fiaux)

Na VNL, sim. Em outras competições, não

Nos Jogos Olímpicos, lances de possíveis conduções são tratadoscom mais rigor. Essa diferença para a VNL causou estranheza nos espectadores. O técnico explica que a Liga das Nações e competições menores servem como laboratório de arbitragem, por isso, elas são mais brandas em relação a algumas jogadas:

— A VNL serve como laboratório para modificações já testadas anteriormente em ligas menores. A FIVB testa em campeonatos menores, de base, e traz para competições mais importantes como último teste. Se essas modificações forem aprovadas na VNL, muito provavelmente elas vão ser inseridas nas regras oficiais. Eles testam e modificam se acharem que não tem nada haver.

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